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SUSTENTABILIDADE: Obrigações Legais X Estratégias Competitivas

SUSTENTABILIDADE: Obrigações Legais X Estratégias Competitivas
Luciana Müller - Escola de Sustentabilidade
fev. 26 - 4 min de leitura
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Os atuais padrões de desenvolvimento e de consumo são incompatíveis com a disponibilidade de recursos naturais. Mas se o que move as decisões de investimentos são os ganhos financeiros, muitas empresas que adotam estratégias de sustentabilidade corporativa a fim de obter vantagem competitiva, estão aí para provar que este caminho é certeiro.

Segundo a Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável, o tripé da sustentabilidade corporativa é composto por: responsabilidade econômica, progresso social e responsabilidade ambiental.

responsabilidade ambiental envolve principalmente questões relacionadas à eficiência energética, à gestão dos recursos hídricos, a conservação da biodiversidade, o impacto na terra e no habitat, a emissão de gases de efeito estufa (GEE) e a gestão de resíduos.

Um case de sucesso que pode ser citado aqui é o da mineradora Vale. O projeto de redução do consumo de água no processo de pelotização do complexo industrial e portuário de Tubarão, a partir de ações voltadas a recuperação de águas industriais (recuperação e tratamento de efluente), e da substituição de água nova por água de reúso em atividades que não requerem alto padrão de qualidade, resultaram na redução de 74% do consumo específico de água (entre 1990-2007).

O que eu quero dizer com isso? Que a cultura empresarial está mudando aos poucos, e vem se consolidando no mercado (o exemplo que citei é de 10 anos atrás). E isso abre um grande leque de oportunidades para os profissionais da área ambiental.

As questões relacionadas ao meio ambiente estão deixando de ser tratadas apenas no âmbito das obrigações legais (antes tratadas como um custo adicional de produção), e estão passando a assumir o lugar de importanteestratégia competitiva.
Menores custos de produção = maiores vantagens competitivas.

Um case mais recente envolve o Polo Petroquímico do ABC na grande São Paulo. A escassez da água levou a adoção de medidas de reúso, produzida a partir do tratamento dos efluentes do próprio Polo. A iniciativa tem possibilitado o aumento da oferta de água potável para a Região Metropolitana de São Paulo, uma vez que deixam de ser usados 900 milhões de litros de água tratada, mensalmente.

"O equilíbrio ambiental, a responsabilidade social e a efetividade econômica são fundamentais para a criação de valor, o que nós temos cada vez mais alcançado por meio de iniciativas como esta realizada pelo Aquapolo".
Francisco Ruiz - Gerente executivo do Comitê de Fomento Industrial do Polo do Grande ABC.

A indústria tem buscado cada vez mais alternativas para se manter competitiva no mercado, frente ao atual cenário econômico. A saída que muitas delas têm encontrado tem sido modernizar processos para reduzir o consumo de energia elétrica.

Segundo a empresa WEG equipamentos elétricos S. A., entre as principais ações para otimizar o consumo de energia nas indústrias estão a substituição de motores antigos por modelos de alta eficiência, o correto dimensionamento dos motores elétricos (quando o motor é dimensionado de forma correta, ele pode evitar o desperdício de energia elétrica), e a automação dos processos.

Já no que tange a gestão de resíduos, e também da economia e do uso eficiente da água e outros recursos naturais, há que se falar em “economia circular”. Segundo a “House of commons” entende-se por economia circular aquele modelo econômico que se afasta do modelo atual da economia linear (fabricar – usar – descartar), em direção a um modelo no qual os produtos e os materiais que os compõe, são valorados de forma diferenciada, criando uma economia mais robusta.

A economia circular é baseada na recuperação e na reincorporação de resíduos gerados no próprio processo produtivo.

Para além destas questões, as empresas estão buscando desde matérias primas oriundas de fontes alternativas ou ambientalmente corretas, a novos materiais com propriedades menos agressivas ao meio ambiente (dentre vantagens comerciais, não sejamos tolos).

Para exemplificar isso, cito o caso das sacolinhas plásticas biodegradáveis, e de empresas que exigem saber a procedência da madeira utilizada em seus processos. Para além dos processos produtivos, meios de transporte e logística mais eficientes e "mais verdes" têm ganhado importância.

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