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Escolhas, visões e anseios de um empresário, por Márcia Araújo

Escolhas, visões e anseios de um empresário, por Márcia Araújo
MÁRCIA ARAÚJO DA SILVA
fev. 28 - 4 min de leitura
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Empreender! Essa foi a minha escolha.

Durante 19 anos trabalhei como CLT (consolidação das leis do trabalho), e o mercado tradicional para mim já não se encaixava mais. Meus anseios, minhas inquietudes e, realizar a mesma coisa todos os dias me deixavam frustrada, com amarras. Apesar de estar sempre em movimento dentro da empresa em que trabalhava, só de pensar em ficar na mesma posição por longos anos me causava pânico.

Com olhar empreendedor, e como boa observadora do movimento empresarial e econômico do país, procurei capacitar-me para ter a oportunidade de me aproximar de empresários,entender suas angústias, seus medos, perdas e ganhos no mundo empresarial. Participar de encontros com empresários de forma que eu pudesse mergulhar nesse mundo foi o que sempre desejei, porém, minha posição não me permitia.

No meu íntimo já empreendia como colaboradora nas empresas em que atuei, mais precisamente, dentro do período de 18 anos foram apenas duas corporações. Até que em julho de 2013 se iniciou minha trajetória como empreendedora efetivamente, chegou o momento em que pude ter a liberdade de fazer diferente, com princípios e visões que sempre enxerguei para a área em que atuo.

É muito gratificante olhar para minha empresa e ver que estamos pagando nossos impostos, contratando e gerando riquezas. Tenho imensa satisfação quando olho ao redor e vejo pessoas que estão felizes por estar ao meu lado, que acreditam no que faço e que buscam os mesmos sonhos.

Nosso país é riquíssimo, cheio de pessoas ousadas com ideias inovadoras, que contribuem de forma significativa com o crescimento do país. Os pequenos e microempreendedores tem um grande papel na economia, pois geram muitos empregos e tem uma participação fundamental para o crescimento econômico e social.

ANSEIOS

Por outro lado, o empreendedor é inquieto, agitado, sua mente nunca pára, sempre buscando mecanismos para inovar e implementar em suas empresas, principalmente gerar negócios. Toda essa inquietação traz um certo isolamento ao empresário, que muitas vezes é excluso das demais pessoas. Para muitos são considerados os excluídos do convívio social, como um ser superior que não pode ter hábitos comuns, ser tocado, ter uma conversa normal com seus funcionários ou colegas, tudo por um protocolo. Esse protocolo faz com que a qualidade de vida do empresário não seja das melhores, podendo os tornar infelizes e até doentes.

Todo o dinheiro que um negócio bem-sucedido pode trazer não paga a saúde e a felicidade que podemos ter ao sermos tratados como pessoas comuns, que sofrem, choram, sentem medo, angústias, precisam de amor, carinho, compreensão e principalmente ter a família ao seu lado apoiando e amando. É um grande desafio.

Shawn Achor em sua pesquisa que deu origem ao livro que trata sobre a psicologia positiva na prática, aborda como descobrir a felicidade e ensina que o desempenho profissional pode ser melhorado, mas “se você só luta para reduzir os aspectos negativos, atingirá apenas a média e deixará passar irremediavelmente a oportunidade de superá-la”.

Logo adiante ele complementa explicando sobre o benefício da felicidade e sua diferença, dizendo: “Trata-se de aprender a cultivar a atitude e os comportamentos que comprovadamente promovam o sucesso e a realização. É uma ética do trabalho. Ser feliz não é acreditar que não precisamos mudar, é perceber que podemos”.

A felicidade é algo que todo ser humano busca incansavelmente, muitos dizem que à encontram no trabalho, no relacionamento, na família entre outros. Todavia, entendo que a qualidade de vida para o empreendedor é uma questão de comportamento e de atitude, está intrinsecamente ligada a felicidade, pois sem ela não há como existir qualidade de vida. Empreender vale a pena para aquele que não está satisfeito em ficar parado e quer movimentar tanto a si mesmo como a economia.

Me identifico muito com a seguinte frase de Steve Jobs e me vejo em cada palavra:

“A vezes, a vida vai te acertar um tijolo na cabeça. Não perca a Fé. Estou convencido de que a única coisa que me fez seguir em frente era que eu amava o que fazia”.

Essa é uma inspiração para seguir em frente. “Eu amo o que faço”.

 

Márcia Araújo

Sócia Proprietária da empresa A Capelatto Marcas e Patentes


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